quarta-feira, setembro 08, 2010

Flores

Se eu desse flores
E em cada flor um pouco da minha alma,
Em cada pétala uma gota de sangue,
Gostariam de mim?
Teria mais amigos?
Seria mais amado?
Quando precisasse, dar-me-iam a mão?
Hoje, já dei todas as flores
E ao acordar, necessito de ajuda.
Estendo a mão...
Será que caio, ou sinto um jardim?

4 Comments:

Blogger Tiago Coelho said...

Oh moço! Lembra-te sempre de uma coisa! elas nunca nos dão um par de asas!!! Lol!!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011 às 22:57:00 WET  
Blogger Anjo Imperfeito said...

Tás a falar de quê? Tás um bocado a leste... Ou melhor, a sul, que é onde tás neste momento! LOL. Acho que não entendeste muito bem...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011 às 14:15:00 WET  
Blogger Alice in Bloggerland said...

Bem, a minha interpretação do poema - e, como deves calcular, a partir do momento em que publicamos algo, esse algo deixa de nos pertencer para passar a pertencer também ao outro que, por sua vez, irá trazer um pouco de si para o algo inicial - é a seguinte: existe alguém que se esvaziou de si para se dar aos outros (vv. 1 a 3) e que, em troca, nada recebeu (vv. 4 a 7).
Agora, tudo o que lhe resta, tudo o que o faz continuar nesta existência sem alma, sem sangue, com quase nada, é a esperança de que algum dia, esses outros a quem o alguém inicial se deu, lhe dêem um pouco de si e que, deste modo, lhe reconstruam a alma e lhe voltem a dar vida, dando-lhe o sangue das pétalas que, por serem tantas, as que se foram espalhando, formam já um jardim (vv. 8 a 11).

No geral, gosto imenso da aura pré-rafaelita que o poema evoca: extrema beleza diluída numa extrema tristeza.

segunda-feira, 26 de março de 2012 às 03:07:00 WEST  
Blogger Alice in Bloggerland said...

Bem, a minha interpretação do poema - e, como deves calcular, a partir do momento em que publicamos algo, esse algo deixa de nos pertencer para passar a pertencer também ao outro que, por sua vez, irá trazer um pouco de si para o algo inicial - é a seguinte: existe alguém que se esvaziou de si para se dar aos outros (vv. 1 a 3) e que, em troca, nada recebeu (vv. 4 a 7).

Agora, tudo o que lhe resta, tudo o que o faz continuar nesta existência sem alma, sem sangue, com quase nada, é a esperança de que algum dia, esses outros a quem o alguém inicial se deu, lhe dêem um pouco de si e que, deste modo, lhe reconstruam a alma e lhe voltem a dar vida, dando-lhe o sangue das pétalas que, por serem tantas, as que se foram espalhando, formam já um jardim (vv. 8 a 11).

De uma forma geral, gostei da aura pré-rafaelita do poema: extrema beleza diluída em extrema tristeza.

Parabéns!

segunda-feira, 26 de março de 2012 às 03:09:00 WEST  

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