Um dia olhei para o céu e imaginei que já te conhecia. Que te conheci muito antes de te encontrar. Que sem sabermos, nos cruzámos uma e outra vez, passando anónimos um pelo outro, talvez trocando olhares de curiosidade fortuita; que estivemos tão perto de nos conhecermos, de sermos um do outro. Ilusão apenas; um devaneio característico de alguém solitário que enganado pelo destino, procura a felicidade. Imaginei que a Vida nos prometeu um ao outro à nascença apesar de nascermos separados e que o Destino nos juntou finalmente. Agora, tenho medo que nos voltem a separar… Se eu pudesse voltar atrás no tempo, e encontrar-te antes de tudo ter acontecido, seria mais feliz. Mas eu não tenho esse direito; essa é a tua vida, e apenas tu tens esse direito. Mas se eu o tivesse… será que valeria a pena? Nunca serias quem és agora, pois foi o que viveste que te fez quem és. Serias diferente, não serias tu; e isso seria apenas pior.
Hoje, as coisas perderam a sua inocência, e debaixo de um céu que deixou de ser azul para passar a ser cinzento, eu olho para o infinito tentando descobrir a diferença entre o passado, o presente e o futuro; tento diferenciar se no passado os dias brilhavam mais do que no presente; tento adivinhar se no futuro a chuva será mais molhada do que no passado… tento recuperar e viver ao mesmo tempo o passado, o presente e o futuro. Suspiro, e impotente perante uma vida complexa demais para a minha ínfima compreensão, espero apenas que o céu volte a ser azul. Ninguém sabe como dói fechar os olhos, e acreditar que ao abri-los, vou encontrar a felicidade. Às vezes… sinto saudades. Saudades de um passado inexistente e que não irá voltar nunca. Saudades de um presente que não consigo viver livremente porque é demasiado doloroso… Saudades de um futuro que não sei se algum dia chegará a existir, ou se será feliz.
E o que me dói é a felicidade que me abençoou. É a felicidade de seres para sempre minha, mas não teres sido sempre minha. É algo que nos une e ao mesmo tempo nos afasta, ao mesmo tempo que lentamente destrói a minha alma. É a dor pungente de querer ser alguém que nunca fui e nunca serei, que trespassa o meu coração que pouco a pouco vai perdendo o sangue, deixando de bater, à medida que me vou aproximando de ti, que toco a tua pele, que sinto a tua respiração, que passo a mão pelos teus cabelos. São o teu sorriso e a tua inocência perdidos para sempre nos corredores do tempo, entregues a alguém que apenas por um momento te amou, mas perdidos por causa de uma vida que foi cruel para qualquer um de nós. Nesse momento, o meu coração pára de bater, e eu morro, para voltar a viver apenas nos instantes em que me abraças e olhando-me nos olhos dizes baixinho que me amas. Contudo, de vez em quando, apercebo-me que nos teus olhos o teu sorriso de criança ainda existe, esperando pelo dia em que alguém o fará reviver, desta vez para nunca mais desaparecer do teu rosto. Se um dia encontrares alguém que te o devolva, eu serei feliz, e poderei então morrer em paz, pois finalmente vi a tua alma sorrir.
Hoje, no entanto, tento voltar a ser quem era, mas depois de ti nunca mais serei o mesmo. O mundo agora será sempre diferente. Se para pior ou para melhor, não sei. Ninguém sabe, apenas o futuro o dirá… Apenas sei que sou frágil demais para aguentar sozinho tamanha dor. Contigo a meu lado, tudo seria mais fácil.
Como se diz a uma pessoa que a amamos e que mesmo que queiramos, não a conseguiremos nunca magoar? Desculpa, mas não poderei nunca e jamais esquecer-te. O teu rosto, o teu perfume, o teu toque, as tuas lágrimas, resistirão para sempre na minha memória muito depois de eu morrer. Tu resistirás em mim. Afinal, o Amor é eterno.
Esta noite, sonhei que te perdia para o teu passado. Enquanto sonhava, chorei.
Hoje, as coisas perderam a sua inocência, e debaixo de um céu que deixou de ser azul para passar a ser cinzento, eu olho para o infinito tentando descobrir a diferença entre o passado, o presente e o futuro; tento diferenciar se no passado os dias brilhavam mais do que no presente; tento adivinhar se no futuro a chuva será mais molhada do que no passado… tento recuperar e viver ao mesmo tempo o passado, o presente e o futuro. Suspiro, e impotente perante uma vida complexa demais para a minha ínfima compreensão, espero apenas que o céu volte a ser azul. Ninguém sabe como dói fechar os olhos, e acreditar que ao abri-los, vou encontrar a felicidade. Às vezes… sinto saudades. Saudades de um passado inexistente e que não irá voltar nunca. Saudades de um presente que não consigo viver livremente porque é demasiado doloroso… Saudades de um futuro que não sei se algum dia chegará a existir, ou se será feliz.
E o que me dói é a felicidade que me abençoou. É a felicidade de seres para sempre minha, mas não teres sido sempre minha. É algo que nos une e ao mesmo tempo nos afasta, ao mesmo tempo que lentamente destrói a minha alma. É a dor pungente de querer ser alguém que nunca fui e nunca serei, que trespassa o meu coração que pouco a pouco vai perdendo o sangue, deixando de bater, à medida que me vou aproximando de ti, que toco a tua pele, que sinto a tua respiração, que passo a mão pelos teus cabelos. São o teu sorriso e a tua inocência perdidos para sempre nos corredores do tempo, entregues a alguém que apenas por um momento te amou, mas perdidos por causa de uma vida que foi cruel para qualquer um de nós. Nesse momento, o meu coração pára de bater, e eu morro, para voltar a viver apenas nos instantes em que me abraças e olhando-me nos olhos dizes baixinho que me amas. Contudo, de vez em quando, apercebo-me que nos teus olhos o teu sorriso de criança ainda existe, esperando pelo dia em que alguém o fará reviver, desta vez para nunca mais desaparecer do teu rosto. Se um dia encontrares alguém que te o devolva, eu serei feliz, e poderei então morrer em paz, pois finalmente vi a tua alma sorrir.
Hoje, no entanto, tento voltar a ser quem era, mas depois de ti nunca mais serei o mesmo. O mundo agora será sempre diferente. Se para pior ou para melhor, não sei. Ninguém sabe, apenas o futuro o dirá… Apenas sei que sou frágil demais para aguentar sozinho tamanha dor. Contigo a meu lado, tudo seria mais fácil.
Como se diz a uma pessoa que a amamos e que mesmo que queiramos, não a conseguiremos nunca magoar? Desculpa, mas não poderei nunca e jamais esquecer-te. O teu rosto, o teu perfume, o teu toque, as tuas lágrimas, resistirão para sempre na minha memória muito depois de eu morrer. Tu resistirás em mim. Afinal, o Amor é eterno.
Esta noite, sonhei que te perdia para o teu passado. Enquanto sonhava, chorei.
13/06/2006
13 Comments:
Como eu te entendo, meu pobre e velho amigo...
Abraço,
Paulo
foste tu?
Fui eu? Fui eu fui. O que é que fui eu?
Tonto!!! a escrever isto!!!
Olha, não te sintas triste por não teres partilhado parte da tua vida com esse alguém... tens toda a eternidade para a frente e (caso ainda tenha uma máquina fotográfica a sério) rolos de memórias que farão com que esqueças esse lapso temporal...
Até porque, como dizes, se sente como se conhecesse o outro desde sempre, e ele fizesse parte de nós desde sempre. Se o sentes... porque não aceitar que é verdade? E assumir essa ligação desde sempre, para sempre?...
Beijinhos
Ps. Gostei!
Esse texto está demais... que sentimentalista!!! É da tua autoria? Porque que é tens uma página com um nome desses? portat-te bem rapaz... Um abraço do teu amigo Bruno... E viva PORTUGAL! ah... e VE, claro!!!!
Ò ranhoso! Vamos lá saber por que razão o sôr dôtor nã publicou meu comentário? É bom demais para o seu bico? ;p
Para variar sou sempre a última lol. E como disse o meu caro amigo Paulo Anjo "como eu te entendo...". Bu!
Ó Sr. Dona Teka, eu vou contra o meu próprio texto (e odeio faze-lo), mas há um tempo para tudo... Achei que inda n tinha chegado a altura de o fazer.
Bem... isto de sair do meio de mentes brilhantes como aquelas que orbitam à volta do núcleo FLUL e vir cá pá Oxford, fez-m ficar ainda mais lerda... Só pode... Pq fiquei a anhar com o teu "comment"!LOL
Eu percebi o "ir contra o meu texto" e é verdade, uma pessoa dizer uma coisa e depois dar o braço a torcer custa pa caramba!
MAS... pq é q não tinha chegado o tempo? Tava a amadurecer? Ou acabou-se o tempo da net e não deu para pôr?!?! LOL
bjufas
Tás a ver cm chegaste lá? Esperou até tar maduro...
Mas, já houve alguém que te dissesse, que a puta da Vida foi feita para VIVER!!!
Que se lixe o passado, venha o futuro que vier, temos sim, que VIVER a Vida!
Mas, ACREDITO em TI!!!
Até Breve!
Olá anjo imperfeito!
Realmente, e como alguém disse, que sentimentalista! Mas eu entendo. Às vezes também sinto que a (minha) pessoa amada só devia ter sido miiiinha e de mais ninguém! É, no fim de contas, ciúme!
Tens um blog muito bonito. Não tive tempo de ver tudo hoje. Tenho que ir fazer as malas pa ir pa Lx. Vou ter saudades disto... Bem, volto po ano! Quando vens visitar a minha casa? Tás-me a dever um passeio pela neve!
Porta-te bem! Pode ser que para o ano crie o meu próprio blog! "Missangas, fimo e dedais"!LOL!!!
Beijoquinhas!
Sara, isto não é assim tão biográfico... Já agora não queres também que recupere o passado ( coisa impossível) nem o passado que nunca existiu? (Impossível ao quadrado).
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